
Jornal Folha de São Paulo- 06/05/2009 - 22h20
Índios desocupam prédio da Funasa em São Paulo mas permanecem acampados na rua
WANDERLEY PREITE SOBRINHO
colaboração para Folha Online
Os indígenas desocuparam na noite desta quarta-feira o prédio da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em São Paulo após dois dias protesto. Eles deixaram o local e foram para a rua, onde pretendem permanecer acampados até a fundação se posicione sobre os questionamentos feitos à atual gestão da regional paulista. Os índios ocuparam o prédio em protesto contra a gestão do coordenador Rezek
"Nós vamos permanecer na rua [Bento Freitas], ficar aqui acampados sem colchão. A gente não quer entrar em conflito com ninguém porque aqui é um lugar público", afirmou o cacique Carã.
Os índios reivindicam a saída do coordenador da fundação em São Paulo, Raze Rezek. Segundo lideranças indígenas que estão no local, eles reivindicam uma atuação mais eficiente da Funasa no Estado e afirmam que a gestão de Rezek é considerada insatisfatória.
Hoje à tarde, o presidente nacional da Funasa, Danilo Forte, disse que o movimento contrário à atual gestão da regional é político e só iria tomar uma decisão sobre a entrega do cargo de Rezek após a desocupação do prédio.
No fim da tarde, a Funasa pediu à Justiça a reintegração de posse do prédio ocupado em São Paulo. O local estava ocupado por cerca de 30 índios desde ontem pela manhã. No começo da manifestação eram cerca de 30 indígenas. A decisão da fundação foi motivada pela resistência dos líderes indígenas em deixar o prédio.
Com o pedido de reintegração de posse e após uma reunião de quase quatro horas com representantes da Funasa, os índios decidiram deixaram o prédio sob protestos. Armados com arcos e flechas e com cocares, os índios fizeram um círculo no meio da rua e começaram a cantar.
O cacique Carã fez um apelo, chorando, para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro José Gomes Temporão (Saúde) recebam os índios em Brasília.
O chefe de gabinete da presidência da Funasa, Moisés Santos, disse que a demissão de Rezek não foi discutida na reunião com os líderes indígenas. Santos ressaltou que Forte já decidiu hoje que não vai demitir o coordenador de São Paulo. "Discutimos ações de saúde e saneamento nas aldeias. Todas as questões serão tratadas pela presidência em 15 dias", afirmou.
Segundo a Polícia Federal, a rua Bento Freitas, onde está localizado o prédio da Funasa, vai permanecer interditada enquanto os índios estiverem no local.
Índios desocupam prédio da Funasa em São Paulo mas permanecem acampados na rua
WANDERLEY PREITE SOBRINHO
colaboração para Folha Online
Os indígenas desocuparam na noite desta quarta-feira o prédio da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em São Paulo após dois dias protesto. Eles deixaram o local e foram para a rua, onde pretendem permanecer acampados até a fundação se posicione sobre os questionamentos feitos à atual gestão da regional paulista. Os índios ocuparam o prédio em protesto contra a gestão do coordenador Rezek
"Nós vamos permanecer na rua [Bento Freitas], ficar aqui acampados sem colchão. A gente não quer entrar em conflito com ninguém porque aqui é um lugar público", afirmou o cacique Carã.
Os índios reivindicam a saída do coordenador da fundação em São Paulo, Raze Rezek. Segundo lideranças indígenas que estão no local, eles reivindicam uma atuação mais eficiente da Funasa no Estado e afirmam que a gestão de Rezek é considerada insatisfatória.
Hoje à tarde, o presidente nacional da Funasa, Danilo Forte, disse que o movimento contrário à atual gestão da regional é político e só iria tomar uma decisão sobre a entrega do cargo de Rezek após a desocupação do prédio.
No fim da tarde, a Funasa pediu à Justiça a reintegração de posse do prédio ocupado em São Paulo. O local estava ocupado por cerca de 30 índios desde ontem pela manhã. No começo da manifestação eram cerca de 30 indígenas. A decisão da fundação foi motivada pela resistência dos líderes indígenas em deixar o prédio.
Com o pedido de reintegração de posse e após uma reunião de quase quatro horas com representantes da Funasa, os índios decidiram deixaram o prédio sob protestos. Armados com arcos e flechas e com cocares, os índios fizeram um círculo no meio da rua e começaram a cantar.
O cacique Carã fez um apelo, chorando, para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro José Gomes Temporão (Saúde) recebam os índios em Brasília.
O chefe de gabinete da presidência da Funasa, Moisés Santos, disse que a demissão de Rezek não foi discutida na reunião com os líderes indígenas. Santos ressaltou que Forte já decidiu hoje que não vai demitir o coordenador de São Paulo. "Discutimos ações de saúde e saneamento nas aldeias. Todas as questões serão tratadas pela presidência em 15 dias", afirmou.
Segundo a Polícia Federal, a rua Bento Freitas, onde está localizado o prédio da Funasa, vai permanecer interditada enquanto os índios estiverem no local.